03 setembro, 2006

 

((Mãos entrelaçadas))

Aqueles dois resolveram que um dia suas mãos seriam entrelaçadas. Para sempre. Menina de olhos azuis, menino de olhos castanhos. As cores já não importavam mais. As mãos entrelaçadas, estas sim, eram o mundo inteiro, eram o que valia. Mãos entrelaçadas são assim: balançam a mesma cadência, dançam a mesma música, choram a mesma transpiração apaixonada e, sedentas, são cheias de carinhos entre si. Falam a mesma língua, beijam-se e marcam-se com mordicadas, mordidelas, mordidinhas e mordidões cheios de digitais nos dedos e palmas de mão. Assim são as mãos entrelaçadas: amarradas, vencidas e vencedoras, curtas, finas e gordas. Felizes assim. E também são carne e unha, vice-versa e mais e mais. Seguem uma direção única, sonham sonhos geniais. São pretas, brancas, vermelhas ou amareladas. São assim as mãos entrelaçadas.


“É POR ISSO QUE EU DIGO: ‘É MELHOR EU NÃO DIZER NADA’”

“Se poesia fizesse mal, desejaria eu viver mal a vida inteira”

(Pensamento SOGRIPA)

01 setembro, 2006

 

((SOGRIPA: PENSAMENTO ÚTIL A DOIS PALMOS DO SEU NARIZ))


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